Lembram da entrevista ao jornalista Connor Faria, do ex-prefeito de Imperatriz, Ildon Marques, quando falou, entre diversos assuntos, das eleições de 2014?
Pois é, na ocasião, questionado sobre o potencial do atual pré-candidato da oligarquia para governador do Maranhão, Ildon ressaltou a falta de carisma e traquejo político de Luís Fernando Silva.
“Ele não é demagogo, tem dificuldade. Ele não sabe e precisa ter, digamos assim, esse além político, esse quê que a política tem. Só assim ele dispararia”
O competente blogueiro, Samuel Bastos, do Portal das Gaditas, em elogiável postagem, publicou: “Luis Fernando: um candidato fora do tempo“.
Ao longo dos anos a família Sarney encastelada no Maranhão há quase cinqüenta anos tem dito dificuldades de imprimir nova cara ao grupo. Essa ação continuada de mostrar sempre as mesmas caras, as mesmas práticas e os mesmos discursos já se tornaram tão banalizadas que o grupo caminha para um dos embates eleitorais mais difíceis de sua história.
Para enfrentar o jovem juiz federal Flávio Dino (PCdoB), a governadora Roseana Sarney (PMDB) tirou de dentro de uma das suas bolsas importadas a figura do ex-prefeito de São José de Ribamar Luis Fernando (PMDB). Por mais que se esforce, o candidato da filha de Sarney tem discurso técnico, enfadonho e não consegue empolgar, tanto que as pesquisas eleitorais divulgadas mostram sua dificuldade em driblar os números e avançar significativamente perante a opinião pública.
Para se ter uma idéia da gravidade da coisa, Luis Fernando é o único dos candidatos a governador a não possuir nenhum perfil na rede social, pelo menos não que se tenha notícia. Essa é uma eleição dificílima que passa pela mobilização dos jovens na internet e com essa modernidade a família Sarney não contou e nem contava. A falta de perfil nas redes sociais e sua presença nela talvez seja uma estratégia do marketing de não expor o candidato ao debate, ao contato direto com os eleitores que com certeza não se furtaram da necessidade de interagir e questionar.
Na verdade o marketing da família Sarney é idealizado dentro de um laboratório e o candidato deve permanece sempre dentro do tubo de ensaio: não conseguem fazer nada que esteja fora do script e falar nada que não tenha sido milimetricamente planejado. Por mais que entregue semente de peixe, que se utilize da entrega das máquinas do governo federal e até se coloque como secretário de Saúde entregando ambulâncias no interior do Estado, Luis Fernando não consegue imprimir a imagem de novo.
A eleição não é fácil e por isso a performance dos candidatos conta muito. Luis Fernando anda longe de conseguir transparecer ser um candidato arrojado e seus métodos não condizem com o nosso tempo. Fora das redes sociais Luis Fernando mostra que é retrógrado, sem identidade, ao ponto de conseguir apenas ser o candidato da família Sarney e continuar assumindo os bônus e os ônus disso. Mais ônus do que bônus diga-se de passagem…
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