out
2024
“E vai encontrar bolsonarista onde no Maranhão?”, questiona Valdemar Costa Neto ao Globo
Em entrevista ao jornal O Globo, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), trouxe à tona divergências internas e traçou os rumos da sigla para as eleições de 2026. Em meio a discussões sobre o futuro do bolsonarismo, Costa Neto não poupou críticas à radicalização do partido em alguns estados, destacando que, no Maranhão, a realidade política exige uma aproximação com o eleitorado de centro e esquerda.
Ao ser questionado sobre o Maranhão, onde o PL se aliou ao PT em 2024, Valdemar afirmou que o estado vive uma realidade distinta. “Há lugares no Brasil, como no Maranhão, onde não há esquerda e direita. Há gente com fome. Vamos ter de trazer esse pessoal para ganhar a eleição”, disse ele, ressaltando que o foco não deve ser a polarização, mas a inclusão de eleitores que não se identificam com a extrema-direita.
Apesar de reconhecer a relevância do ex-presidente Jair Bolsonaro para o crescimento do partido, Valdemar destacou que o futuro do PL deve se basear em uma agenda mais moderada. “O duro é o Bolsonaro e o pessoal da extrema-direita aceitar. Eles não querem”, afirmou.
Com a estratégia voltada para o fortalecimento do PL nas eleições de 2026, o dirigente enfatizou que é fundamental atrair o eleitorado do centro político. “Não é difícil, se você preparar o nosso pessoal, pedir para ir tirando esse pessoal desses partidos”, afirmou, sugerindo que o foco deve ser tirar eleitores de partidos como o PT, desde que isso seja feito com planejamento e não às vésperas da eleição.
Valdemar Costa Neto também descartou a possibilidade de assumir uma postura totalmente bolsonarista no Maranhão. Para ele, o partido deve seguir um caminho pragmático, que garanta a inclusão de eleitores de diversos espectros políticos.
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