24
set
2024

Escândalo de contracheques sem nomes aponta para um esquema criminoso na prefeitura de Raposa

Dezenas de contracheques da gestão do prefeito Eudes Barros, simplesmente não têm o nome do servidor, no lugar, apenas uma “expressão” de quem o indicou para o cargo comissionado, que recebe sem trabalhar. 

Mais um escândalo envolvendo a folha de pagamento da gestão do prefeito Eudes Barros (PL) no município de Raposa. Desta vez, o Blog do Domingos Costa teve acesso a diversos contracheques nos quais não aparecem o mais importante: o nome do servidor.

Os documentos, conforme mostram as cópias acima e abaixo deste post, revelam a matrícula do servidor municipal ocupante de cargo comissionado, mostra também o salário base e uma gratificação salarial de 100% sobre o salário. E, para além do aumento salarial sem justificava legal, os nomes dos funcionários, supreendentemente, não constam nos contracheques.

Um dos exemplos, é o contracheque acima, o qual a matrícula é nº 8577-1 e o nome do servidor é apenas “Eudes” [o primeiro nome do prefeito de Raposa]. O total de vencimento do comissionado é de R$ 3.000,00 (três mil reais), composto por R$ 1.500,00 de salário base e mais R$ 1.500,00 relativo a gratificação.

Em outro contracheque, cujo a matrícula é nº 9698-1 o vencimento total é de R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais), composto por 1.800,00 de salário base mais R$ 900,00 de gratificação. E no lugar do nome do servidor municipal tem apenas a palavra “Moreira”. Uma alusão apontando para o vereador de mandato Felix Marques Moreira, que faz parte da base aliada do prefeito Eudes.

Um terceiro contracheque mostra a mesma fraude, a matrícula é a de número 10397-1, o servidor recebe mensalmente R$ 2.824,00 (dois mil oitocentos e vinte e quatro reais), composto de salário base de R$ 1.412,00 e mais o mesmo valor de R$ 1.412,00 gratificação. Nesse caso, o nome do servidor é “Moreira – Pastor Thiago”.

– Funcionários fantasmas 

Uma pessoa que trabalha no setor de Recursos Humanos da prefeitura e pediu reservas em relação à sua identidade, confidenciou que as fraudes nos contracheques fazem parte de um esquema criminoso usado pelo prefeito Eudes Barros para tentar se reeleger.

“A bagunça está tão grande no RG que mandam apenas a conta bancária para receber, existem dezenas de casos de contracheques sem o nome do servidor, no lugar do nome, é colocado apenas a referência de quem a indicou”, disse.

Ainda conforme a revelação da fonte ao Blog do DC, esses casos trata-se de funcionários fantasmas, aqueles que recebem salários mensalmente, mas nunca comparecem ao local de trabalho para exercer as funções públicas de confiança para as quais foram nomeados.


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