24
ago
2024

Moradores de Belas Águas protestam contra descaso e contaminação ambiental em Penalva e Matinha

Comunidade denuncia consumo de água contaminada e poluição do ar, atribuídos à transferência de lixo de Matinha para Penalva.

Na última quinta-feira, dia 22, os moradores do povoado Belas Águas, no município de Penalva, se uniram em um protesto para expressar sua indignação com a situação ambiental que enfrentam. Segundo os manifestantes, o lixo transportado do município vizinho de Matinha – sob gestão da prefeita “Linielda do Eldo” – para Penalva tem causado sérios problemas de saúde pública, afetando principalmente os residentes das proximidades do lixão, como o povoado de Jacabá.

A questão começou a ganhar destaque após a decisão da prefeitura de Matinha de transferir o lixo do município para Penalva. Isso ocorreu devido à interdição do lixão de Matinha pela própria comunidade local, que não suportava mais o acúmulo de resíduos em condições inadequadas. Penalva, ao acolher os resíduos de Matinha, se viu sobrecarregada e os impactos ambientais logo se tornaram evidentes.

Os moradores relatam que, além do aumento considerável no volume de lixo, houve um incremento significativo na fumaça tóxica gerada pelas queimadas irregulares de resíduos. Essa situação tem agravado problemas respiratórios entre crianças e idosos, e a comunidade de Jacabá, que fica nas proximidades do lixão, é uma das mais afetadas.

– Denúncias da comunidade

Durante o protesto, a população interditou quatro caminhões caçamba que transportavam lixo de Matinha para o local, em um esforço para chamar a atenção das autoridades para a gravidade do problema. Os manifestantes exigem que a prefeitura de Penalva, em conjunto com a administração de Matinha, tome medidas imediatas para cessar o despejo de resíduos na região.

– Impactos ambientais e na saúde

De acordo com os relatos dos moradores, o lixão está contaminando a água utilizada pela comunidade. O chorume, líquido tóxico resultante da decomposição dos resíduos, estaria infiltrando no solo e atingindo fontes de água potável. Além disso, a fumaça proveniente das queimadas dos resíduos tem causado uma poluição do ar insuportável, forçando os moradores a conviverem com um odor constante e prejudicial à saúde.

Os residentes também denunciam que o lixão de Penalva está localizado em uma área de preservação ambiental, o que agrava ainda mais a situação. Segundo as leis ambientais brasileiras, aterros sanitários ou lixões não podem operar em áreas próximas a corpos d’água ou áreas residenciais, o que parece ser ignorado pelas autoridades locais.

– Resposta das autoridades

Até o momento, os moradores afirmam que não receberam nenhum posicionamento oficial por parte da prefeita de Matinha, Linielda do Eldo, ou de representantes da prefeitura de Penalva. A ausência de ações concretas para resolver o problema tem aumentado a insatisfação popular. A comunidade exige uma solução imediata e ameaça retomar os protestos se nada for feito.

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