Maranhão da Gente – Há quinze anos, em 1999, a CPI do Crime Organizado instalada na Assembleia Legislativa construía um marco na história política do Estado. Realizada com amplo acompanhamento da população – com destaque para a cobertura feita pelas emissoras de rádio, em especial a Educadora –, a CPI teve a presidência do deputado estadual Rubens Pereira e a relatoria de Jomar Fernandes, que posteriormente se elegeu prefeito de Imperatriz.
Naquele ano a Assembleia Legislativa era presidida por Manoel Ribeiro e funcionava no centro de São Luís, na rua do Egito. Os trabalhos da CPI destinados a apurar o envolvimento de parlamentares e outras autoridades com o crime organizado resultaram na cassação dos deputados José Gerardo de Abreu e Francisco Caíca, sob a acusação de quebra de decoro parlamentar.
O secretário de segurança era Raimundo Cutrim, hoje deputado estadual pelo PCdoB. O estopim que provocou as investigações resultantes na criação da CPI foi o assassinato do delegado de policia Stênio Mendonça, ocorrido em plena luz do dia na Avenida Litorânea.
Os homens apontados como os pistoleiros que mataram o delegado foram presos, mas também acabaram sendo executados no episódio conhecido como a chacina do “Barro Vermelho”, que provocou uma investigação envolvendo diversas instâncias, inclusive a Assembleia Legislativa.
Investigação federal
Devido à amplitude das apurações que envolviam autoridades e pessoas influentes na política maranhense, foram solicitadas decisões no âmbito da Justiça Federal. Na ocasião, o então juiz federal Flávio Dino atendeu ao pedido de participação da Polícia Federal nas investigações em torno do caso e autorizou os agentes a colaborar nas apurações que serviram como subsídios para a CPI do Crime Organizado.
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