Bem antes da Semana Santa o blog obteve informação de um pedido de desfiliação partidária formulado pelo prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra, junto ao diretório estadual do PCdoB. Apesar da informação partir de uma fonte segura, não conseguir apurar com exatidão as circunstâncias do fato, de forma que optei em não publicar a respeito.
Pois bem, já na noite desta segunda-feira (02) uma outra fonte ligada ao PCdoB estadual confirmou o pedido feito por Dutra, entretanto, sem mais detalhes. Apenas que o partido enviou documento ao gestor respondendo que iria desconsiderar o pedido do prefeito.
E nesta terça-feira (03), uma terceira fonte, desta vez, de dentro da prefeitura de Paço, confirmou que Domingos Dutra ameaça até renunciar ao mandato para assumir cadeira Câmara Federal em substituição ao deputado federal Waldir Maranhão, que pediria licença.
As especulações apontam, ainda, para a posse da vice-prefeita Maria Paula Azevedo Desterro, que teria o compromisso de manter toda a equipe de governo intacta. Inclusive, muitos dos auxiliares de primeiro escalão já teriam até sido comunicado da decisão do gestor.
Nesse bojo de silogismos da política luminense, a primeira-dama Núbia Dutra, secretária de Administração, Finanças, Fazenda e Articulação Governamental, deixaria a função para ser candidata a primeira suplente de Waldir Maranhão na disputa pelo Senado nas eleições que se aproximam.
Diante de toda essa confusão que pode, ou não, passar de puro factoide, surgem quatro perguntas:
1 – Qual a zanga do prefeito de Paço com o PCdoB? Ora, se não fosse o partido e, naturalmente, o governo do Estado, a gestão Dutra estaria ainda mais caótica…
2 – Que Dutra nunca foi completamente normal todas sabem… Mas o prefeito teria coragem [leia-se audácia] de renunciar a prefeitura de uma cidade de mais de 100 mil habitantes?
3 – Waldir Maranhão cederia espaço para Dutra na Câmara Federal a troco de quê?
4 – A suposta renúncia de Dutra tem relação com a má gestão, somada a pressão popular e a vultuosa quantidade de denúncia no Ministério Público?
0 Comentários