Investigação sobre venda de sentenças chega a ministro do STJ. Apuração da Polícia Federal deve ser enviada ao Supremo Tribunal Federal.
A capa da Revista VEJA desta semana estampa o escândalo da venda de sentença no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Conforme a reportagem, a VEJA teve acesso à íntegra do que foi encontrado no celular do advogado Roberto Zampieri. Mantido sob sigilo desde que foi apreendido, há mais de dez meses, o conteúdo do aparelho já deu origem a duas outras investigações distintas, além do inquérito da Polícia Federal.
A primeira, realizada pelo Conselho Nacional de Justiça, resultou no afastamento de um juiz e dois desembargadores de Mato Grosso envolvidos com a quadrilha.
Já no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, foi aberta uma sindicância para apurar o envolvimento de servidores dos gabinetes dos ministros Isabel Gallotti, Og Fernandes, Nancy Andrighi e Paulo Moura Ribeiro.
A investigação interna não encontrou até o momento nenhuma evidência de participação dos magistrados, mas já identificou dois funcionários suspeitos de comercializar as decisões – um deles, inclusive, está desaparecido desde que o caso foi revelado por VEJA no início do mês e já foi preventivamente afastado de suas funções.
Os diálogos e os documentos recuperados mostram que havia negociações para que casos envolvendo interesses milionários fossem postergados pelo tribunal, manipulação de mandados de buscas e apreensões, vazamento de pedidos de prisão e até rascunhos de decisões que, a depender do avanço das negociatas, poderiam se materializar ou simplesmente desaparecer sem deixar vestígio.
O caso é nitroglicerina pura..
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