Prezado Domingos Costa,
Tomo a liberdade de enviar esse e-mail na esperança de que o relato que vou descrever-lhe seja publicado ou, pelo menos, apurado. Meu nome é Elaine Figueirêdo e quero denunciar aqui uma grande negligência e outros fatores referentes à vida humana, maior bem que todo ser humano possui.
Vamos aos fatos:
No final da tarde do dia 12/08/2014, minha mãe, Maria Devandile de Queiroz Figueirêdo, de 90 anos, cadeirante, portadora de marca-passo e completamente lúcida, deu entrada no Hospital Guarás, situado na Rua Armando Vieira da Silva, s/n, Bairro de Fátima, com dificuldades respiratórias sendo atendida por um clínico geral que prescreveu além de medicações simples, um hemograma e um eletrocardiograma.
Os resultados dos exames foram mostrados para a médica plantonista que identificou alterações no eletrocardiograma e encaminhou para o cardiologista que estava na casa. Este ao analisar o eletrocardiograma informou que o marca-passo dela havia parado e que a mesma teria que se submeter a uma cirurgia urgente para a troca do mesmo e ser internada imediatamente na UTI para monitoramento constante. Embora fosse solicitado pelo médico essa urgência, sua internação na UTI só ocorreu na manhã do dia seguinte, 13/08, por volta das 06h30min, por alegação de aguardo da autorização do plano de saúde, Hapvida, que deveria vir de Fortaleza-CE.
Entre o dia 12/08 e 13/08 ela permaneceu na enfermaria do hospital. Nesse momento começa o erro pois, como é informado quando se adquire um plano de saúde, urgência e emergência não precisam esperar autorização.
No dia 14/08, ainda sem resposta sobre a data e hora da cirurgia, entrei em contato com um primo em Fortaleza que solicitou a um amigo em comum para que fossepessoalmente ao prédio onde funciona o plano de saúde saber o que estava causando a demora em autorizar os procedimentos: cirurgia e marca-passo. No período da tarde fiquei sabendo que era porque ela encontrava-se ainda cumprindo “CARÊNCIA”, fato esse inverídico já que a mesma havia feito a portabilidade do seu plano de saúde anterior, que era Unimed, e que possuía desde março de 2001.
Após a correção do erro em Fortaleza ficamos aguardando a realização da cirurgia e obtivemos a informação no Hospital Guarás de que ainda aguardavam a referida autorização daquele Estado ao mesmo tempo que a Hapvida/Fortaleza informava que era tudo agora com o Hospital em São Luís.
Ficamos então nesse jogo de empurra-empurra até que no dia seguinte, 15/08, meu irmão Heládio conseguiu a informação diretamente do diretor administrativo do Hospital Guarás, o Sr. João Paulo Sena Gadelha, de que tudo já estava devidamente autorizado, faltando só a disponibilidade na agenda do médico cardiologista.
Nesse mesmo dia, na visita noturna, minha irmã Graça, ao encontrar o médico cardiologista, o mesmo que havia solicitado essa cirurgia, lhe perguntou quando seria feita a troca do marca-passo e teve a informação de que o Sr. João Paulo lhe enviara uma mensagem pelo celular (mensagem esta que foi lida para ela dentro da UTI) de que o mesmo aguardava apenas o pagamento por parte do Hospital referente ao procedimento, uma vez que ele é apenas prestador de serviços e não credenciado na Hapvida, e que este pagamento provavelmente só ocorreria na segunda-feira, dia 18/08.
Na manhã do dia 16/08 (sábado), eu e meu irmão Heládio, encontramos com o médico no próprio hospital, e com receio pela demora neste procedimento já que era urgente, meu irmão se prontificou em pagar (ao próprio médico) a parte que lhe cabia e assim a cirurgia ficou acertada para esse mesmo dia, por volta das 20h00, mas para a nossa surpresa, ao procurarmos uma confirmação com a direção do hospital se o marca-passo estava mesmo autorizado pela Hapvida tivemos outra informação de que a central de autorização em Fortaleza ainda não havia dado nenhum retorno.
Diante de tantas informações contraditórias foi necessário acionarmos o poder judiciário, o qual expediu uma liminar determinando a disponibilidade do marca-passo pela Hapvida Assistência Médica Ltda e a realização da cirurgia pelo Hospital Guarás, no prazo de 24 horas, e multa diária caso não fosse cumprida.
Assim, ficamos na expectativa de que tudo fosse resolvido até às 20h00 do dia 17/08 (domingo), o que mais uma vez não ocorreu por alegação de não haver equipe médica disponível nesse dia, levando-nos a recorrer novamente ao judiciário que aumentou a multa diária. Foi então que nos veio a informação de que a cirurgia ocorreria no dia seguinte, 18/08 (segunda), por volta das 09h00 da manhã, o que novamente não aconteceu, sem que nenhuma explicação fosse dada à nossa família que aguardava angustiada a resolução de todo esse problema.
Durante toda essa semana de contradições e informações incoerentes minha mãe, ainda lúcida, foi obrigada a permanecer na UTI e começou a desenvolver quadro de depressão e delírios, já que era privada da companhia constante da família. Enquanto isso foi submetida a vários jejuns absolutos para realizar a cirurgia que nunca ocorria nos prazos informados. Nesse mesmo dia 18/08 foi feito um Termo de Acordo junto ao Plantão Central da Beira Mar entre o Sr. João Paulo e o meu irmão, onde havia o compromisso da realização da cirurgia no dia 19/08 (terça-feira) até às 16h00.
Então nesse dia, por volta de mais ou menos 17h30min, minha mãe foi enfim encaminhada para o centro cirúrgico, mas o procedimento não foi realizado porque o Arco Cirúrgico, equipamento indispensável para a realização da cirurgia, estava quebrado. Procuramos pelo Sr. João Paulo nas dependências do hospital, que, apesar de já ter sido informado por outro médico cardiologista (sócio do cardiologista anterior que se encontrava em viagem) e mais agravante ainda por estar próximo a nós, familiares, não nos procurou para informar do grave problema. Solicitamos a ele providências para a realização da cirurgia ainda naquele dia, uma vez que o médico se colocou disponível para realizar o procedimento em outro hospital em que ele atendia, bastando apenas que o Hospital Guarás realizasse a remoção da paciente.
Com a maior indiferença possível o Sr. João Paulo, mesmo sabendo da disponibilidade do médico e da urgência da realização do procedimento, simplesmente nos disse que no dia seguinte, entre 08h00 e 08h30min, estaria vindo um técnico para verificar o equipamento e que tão logo consertado a cirurgia seria realizada.
Como o procedimento cirúrgico era em caráter urgente (minha mãe já passava a apresentar frequência cardíaca baixa demais – 30 bpm), solicitamos ao Sr. João Paulo que ele providenciasse a transferência dela para outro hospital, o que foi totalmente negado pelo mesmo, nos demonstrando verdadeiro descaso com o visível agravamento do quadro clínico da paciente. Na ocasião a polícia foi acionada para fazer cumprir a liminar judicial de realização da cirurgia, que diante de nova negativa encaminhou a pessoa determinada pelo Sr. João Paulo que, segundo ele, respondia naquele momento pelo hospital, ao Plantão Central da Beira Mar, para prestar esclarecimentos.
Devido ao retorno da minha mãe à UTI sem a realização da cirurgia e ainda em jejum, ela, na presença da minha irmã Graça que a visitava naquela noite, apresentou quadro de hipoglicemia, possivelmente sofrido uma convulsão e posteriormente sofreu uma parada cardíaca, vindo a ser entubada e sedada. Diga-se de passagem que nesse mesmo dia, após a parada cardíaca, colocaram um marca-passo externo.
Depois de mais uma luta pela família, a cirurgia foi enfim realizada no dia 19/08, no Hospital São Domingos, no final da tarde, por força de mais uma decisão liminar.
Por tudo que minha mãe passou nesses 08 dias que antecederam o ato cirúrgico, a mesma encontrou-se em estado gravíssimo de saúde e insatisfeitos com todo o ocorrido e sem mais ter credibilidade nos serviços e informações prestadas pelo Hospital Guarás, providenciamos a sua transferência para o Hospital Estadual de Alta Complexidade do Maranhão Dr. Carlos Macieira, o que nos deixou com certo alívio e muito satisfeitos com o atendimento a ela dispensado.
Vale ressaltar que em todo o tempo que minha mãe permaneceu no Hospital Guarás o acesso ao seu prontuário nos foi negado pelas pessoas responsáveis pela direção do hospital e pela equipe médica da UTI que cumpria ordens dessa direção. Friso que até hoje não tivemos acesso completamente a esse prontuário.
Uma instituição que tem como slogan “saúde ao seu alcance” o que menos faz, ao nosso ver, é preservar a saúde. São milhões de reclamações e insatisfações por parte das pessoas que procuram esse hospital.
Os usuários do Plano de Saúde Hapvida (vida?) ficam à mercê somente desse Hospital Guarás aqui nessa capital e devem “engolir” o péssimo atendimento fruto de uma direção incompetente, irresponsável e omissa.
Caro Domingos Costa, se eu for relatar os pormenores do que sofremos nesses dias em que minha mãe foi alvo do descaso dessa administração com certeza renderão páginas e mais páginas.
Ficam aqui meus questionamentos:
1 – Hapvida ou Hapmorte?
2 – Devido a minha mãe ter 90 anos ela não teria mais direito à vida? Era para somente aguardar e morrer?
3 – Um simples marca-passo e um honorário médico valem mais do que uma vida humana?
4- Se era possível a colocação de um marca-passo provisório, por que isso não foi feito logo até que todo o procedimento fosse efetivado? Provavelmente minha mãe poderia aguardar a cirurgia sem a necessidade de passar por todo esse sofrimento.
5 – Sendo o prontuário um documento do paciente e não do hospital, por que sempre nos foi negado o acesso ao prontuário de nossa mãe?
6 – Uma instituição de saúde, o Hospital Guarás, que possui pelo menos 05 (cinco) registros de homicídios no 2º DP é para estar funcionando assim normalmente?
Uma vez que se tratava de uma paciente cardiopata, vale ressaltar que a mesma não teve um acompanhamento cardiológico diário, nem antes e principalmente após a cirurgia.
O que nos deixa indignados é que essa situação poderia facilmente ter sido solucionada de outra maneira sem a necessidade de terminar em óbito, o que infelizmente ocorreu no dia 03/09.
Agradecendo a sua atenção, eu e minha família ficamos à disposição para informar mais detalhes que certamente lhe deixará estarrecido. Gostaríamos da confirmação do recebimento deste e-mail.
Ats,
Elaine Figueirêdo
È bem a cara do Hapvida, eles não tem o respeito ,carácter, dignidade com os seus segurados , ficam enrolando e empurrando até você se desgastar emocionalmente , e ainda se acham na razão , mesmo sabendo que estão agindo errado.
Não sei como eles ainda atuam nesta cidade, já passei por caso parecido, a senhora terá que coloca-los na justiça, talvez eles parem de enrolar os seus segurados.
Acredito que foi atingida moralmente, devendo buscar reparos.
REALMENTE ESTAVA LÁ POR ACASO E DEPAREI-ME COM A ELAINE E OS IRMÃOS E SOBRINHOS NA MAIOR AFLIÇÃO,FIQUEI COMOVIDA PQ AFINAL CONHECIA TODOS.
LAMENTO QUE A NOSSA SAÚDE HOJE ESTEJA DESTA MANEIRA COM GRANDES DESCASOS, SOU ASSOCIADA E ATÉ O ATENDIMENTO ESTA PÉSSIMO, ONTEM MESMO CHEGUEI LÁ AS 7;30 E SÓ SAI AS 12;55.
SE NÃO TEM CONDIÇÕES DE ATENDER ESTE POVO TODO, SUGIRO QUE PAREM DE RECEBER MAIS ASSOCIADOS OU ENTÃO AUMENTE SUA EQUIPE MÉDICA.
Sabem poque essas atrocidades acontecem? porque não ha uma adequada fiscalização pelos órgãos competentes. Já tinha ouvido falar de casos semelhantes,mas assim já é demais. Vivemos em um país da impunidade, onde a lei é linda na teoria, porem na prática é desconsiderada. Não sei como ainda tem gente que se submete a um plano de saude destes.
Processe o plano e o hospital por uma questão de justiça, e pela memória de sua mãe não deixe isso ficar por menos leve-os a justiça
A sua indignação é igual à de muitas pessoas que recorrem àquele hospital, estamos nas mãos deles. No ano passado minha filha fraturou o braço no cotovelo e deu entrada num domingo sendo atendida por um clínico q so recomendou dipirona e a mandou pra casa. Após 3 dias reclamando, retornei ao hospital e exigi q ela fosse atendida por um ortopedista que requisitou raio x. Minha filha passou 45 dias com o braço engessado. Parabenizo a vocês pela coragem de recorrer à justiça quando muitos se omitem por medo, fraqueza e muitas vezes por ignorância aos seus direitos. Graças a Deus conseguiram resolver sem maiores consequências.
Quero deixar aqui em primeiro lugar meus sentimentos a familia do meu amigo Eládio Figueiredo i diser que este hospital guaras e uma bosta agora mi admira a justiça nesse caso não ter espedido um mandato de prisão para esses pulas que se dizem administrado desta latrina chamada hospital guaras (HAPVIDA)
Foda-se o plano de saúde, se tratava de uma vida, uma idosa que precisava ser atendida com urgência. Vimos até que ponto o dinheiro consegue falar mais alto (não atender a IDOSA pela espera do pagamento),situação vergonhosa de um medico que pensou somente no seu honorário. Completa Vergonha
O plano de saúde é uma saída frente ao descaso que se encontra a saúde pública, é disposto do cidadão seu dinheiro suado para garantir uma melhor condição de atendimento e nos deparamos com esse caso.Situação revoltante! Esqueceram que se tratava de uma vida, uma idosa que precisava ser atendida com urgência. Vimos até que ponto o dinheiro consegue falar mais alto (não atender a IDOSA pela espera do pagamento),situação vergonhosa de um médico que pensou somente no seu honorário. Completa Vergonha
MEUS AMIGOS,COMIGO E MINHA MÃE FOI QUASE A MESMA COISA.SOU TITULAR SEM DIREITO,E A MINHA MÃE E QUE ERA A USUÁRIA DESTE MALDITO CONVENIO,HA TRÊS MESES PASSADO A MINHA MÃE VEIO DO INTERIOR DO ESTADO(AXIXÁ)SENTINDO DORES FORTES NA REGIÃO DAS COSTELAS MUITO CANSAÇO TOSSE SECA FEBRE ETC…POIS BEM,FOMOS AO HOSPITAL GUARÁS,DE CARA UMA ENORME FILA PARA ATENDIMENTO EMERGENCIAL,MUITA CONFUSÃO ATENDENTES MAU EDUCADOS,POR UM MOMENTO PENSEI DE ESTÁ PEDINDO ALGO PARA AQUELES FUNCIONÁRIOS,NÃO,E QUE ELES ERAM MAU TREINADOS E ESTÚPIDOS PARA TRATAR COM SUA CLIENTELA,COM MUITA PACIÊNCIA E PRECISÃO POR CAUSA DA MINHA MÃE FOMOS ATENDIDOS ,A MEDIDA EXAMINOU A MINHA MÃE E FALOU QUE ESTAVA TUDO BEM QUE ERA APENAS UM MAU ESTAR.ASSIM MESMO PEDI UM RAIO X DO TORAX SABE QUAL FOI A RESPOSTA DA MEDICA?RAPAZ, EU NÃO VOU GASTAR UMA CHAPA(RAIOX) COMA SUA MÃE, EU SOU A MEDICA,ASSIM MESMO INSISTI PARA QUE O PROCEDIMENTO FOSSE FEITO, E ASSIM FOI FEITO,RETORNEI DE DE ALGUMAS HORAS E PELA SEGUNDA VEZ A MEDICA AFIRMOU Q A MINHA MÃE NÃO TINHA NADA.ELA RETORNOU PARA O INTERIOR E NO DIA SEGUINTE FOI INTERNADA ÀS PRESAS…NO HOSPITAL REGIONAL DE MORROS FOI DETECTADA QUE MINHA MÃE ESTAVA COM UM QUADRO DE PINEUMONIA MUITO ELEVADO FICANDO NO ISOLAMENTO SOB SUSPEITA DE TUBERCULOSE…HOJE MINHA MÃE ESTÁ BEM E O QUE ME RESTOU FOI CANCELAR ESTE MALDITO PLANO DE SAUDE
Eu não perdia a oportunidade. Processava a médica!
Meus pêsames a família,
É lamentável um plano desses estar disponível no mercado para atendimento de pessoas. Eu estava na intensão de ter esse plano para ganhar meu BB mais diante desse triste relato, não quero mesmo fazer parte de plano onde tratam pessoas com dicassos como aconteceu com essa senhora.
ESPERO QUE AS PESSOAS SENSATAS TENHAM CONSCIÊNCIA E NUNCA COLOQUEM OS PÉS NESTE HOSPITAL!!!
Espero que as autoridades competentes tome providencia em relaçao a esse plano de saude..
Aconteceu com meu irmão de 10 anos, quase morre naquele hospital por negligência médica, imprudência e imperícia. Aquele hospital não presta. No meu caso, isso aconteceu aqui em Manaus – Amazonas. Médicos ignorantes, péssimo atendimento, diagnosticaram errado meu irmão três vezes, e só fizeram o tratamento adequado quando a gente falou o que era e qual a medicação deveria tomar. Foi um período de muitas tristezas, pois achávamos que ele ia morrer, fora que levamos um especialista externo lá pra avaliar porque o próprio hospital não fazia isso. É um absurdo. E a Diretora ainda teve a cara-de-pau de falar que isso é normal e acontece no Brasil todo, que isso é Brasil! Gente que tipo de pessoa fala isso para um paciente e sua família?!
A familia enlutada, lamento por sua perda e agradeço pelo seu relato pois tenho minha mãe 86 anos, doente e estavamos pensando em fazer esse plano de saúde para ela. E pode contar comigo pois vou retransmitir nas redes sociais esse fato.