maio
2018
Incoerente, Eduardo Braide chama Medida Provisória de ilegal e inconstitucional mas vota a favor
A carreira política do deputado estadual Eduardo Braide é marcada pela incoerência e pelo oportunismo. A sessão plenária de hoje só ratificou o modus operandi de Braide na condução das suas convicções. Ele foi um dos principais críticos da Medida Provisória 272/2018, que concede aumento salarial de 6,81% aos professores, mas, no final, acabou votando a favor da matéria.
Com a galeria da Assembleia Legislativa cheia de professores de movimentos adversários do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) ávidos em fazer proselitismo político, Eduardo Braide viu ali uma oportunidade de lucrar politicamente com a situação.
Logo tomou a frente das brigas internas dos professores dissidentes e comprou a bandeira da falsa luta por uma educação melhor para os docentes do Maranhão. Durante o encaminhamento para votação da MP, Braide chegou a chamar o texto original de “ilegal e inconstitucional” e afirmou que a medida “rasgaria o Estatuto do Magistério”.
Além de insuflar professores, Eduardo Braide também incentivou seus colegas parlamentares a atacarem a medida que concedia o aumento para os docentes, com o claro objetivo de tirar o foco do reajuste que transformou o salário de professor do Maranhão o maior do Brasil.
Ao final, o próprio Eduardo Braide acabou votando a favor da MP, com medo de alguma represália que viesse a sofrer por ter votado contra uma medida que tem por objetivo aumentar o salários dos professores. A atitude dele deixou seus colegas parlamentares chateados, já que todos lutaram juntos pela não aprovação.
Votaram contra a medida os deputados estaduais Adriano Sarney, Sousa Neto, Edilázio Júnior, César Pires, Max Barros e Graça Paz. Wellington do Curso se absteve.
A incoerência de Braide só evidencia o seu oportunismo característico. Nascido em berço sarneyzista, apoiador de Roseana até 2014, líder do bloco do governo Flávio Dino em 2015 e 2016 e, agora, oposição a esse mesmo governo, Eduardo Braide vai se notabilizando como um parlamentar camaleônico.
Nos corredores da Assembleia Legislativa já correm as notícias de que alguns deputados dizem que o que Braide escreve hoje, não pode mais ser levado em consideração amanhã.
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