“Operador’ do esquema, José Ribamar Torres Oliveira, secretário adjunto da Univima. “Dentinho” é considerado o autor intelectual da falcatrua

O escândalo de desvio de recursos públicos na Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTEC) é bem maior que muitos imaginavam.

Durante o governo Roseana Sarney existiu, e ainda existe, uma quadrilha especializada em ‘fabricação’ de bolsas fantasmas na UNIVIMA (Universidade Virtual do Maranhão) órgão vinculado à secretaria.

Liderada pelo senhor José Ribamar Torres Oliveira, secretário adjunto da Univima, popularmente conhecido como “Dentinho”, o esquema ‘enxertou’ centenas de nomes de pessoas – algumas sequer possuíam o ensino médio completo – para receber mensalmente valores que variavam entre RS 800 a 1.500 reais, como se tivessem à serviço da UNIVIMA. Só de fachada!

Tudo corria bem, até que José Torres, considerado o ‘operador’ do esquema, decidiu cortar muitas das bolsas, o que desagradou os beneficiados. Sem os benefícios, decidiram então denunciar “Dentinho”, que eles acusam de ser o maior beneficiário da fraude, pois, detém o controle das bolsas.

“Ele tirava e colocava o pessoal na hora que achava melhor, tudo sob critérios pessoais” Denunciou um fantasma.

Estima-se, inicialmente, segundo as denuncias, que o secretário adjunto da Univima – autor intelectual da falcatrua – pode ter beneficiado mais de 500 pessoas com bolsas de estudo bancadas pela SECTEC-MA.

Extrato da conta de um bolsista fantasma que recebia da UNIVIMA, órgão vinculado à SECTEC

O blog questionou o futuro Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,  sobre a relação contendo os nomes dos falsos bolsistas que recebiam para iniciação científica nos órgãos vinculados à Sectec, o Deputado Estadual Bira do Pindaré (PSB) explicou que até o momento nenhuma informação sobre as bolsas existentes na Secretaria foram repassadas à equipe de transição. Mas, assegurou que assim que assumir a pasta tomará as medidas cabíveis.

Nesse caso das bolsas fantasmas,  muito ainda está nas escuras, certamente o Ministério Público assim que provocado, deverá exigir o ressarcimento dos valores gastos com as bolsas. E após comprovada a fraude com recurso público, os beneficiados serão notificados pela Justiça e ainda responderão, criminalmente pela ilegalidade.

E podem aguardar, não demora muito para a polícia entrar no caso…