Quase 50 mil jovens do Maranhão não estudam e nem trabalham, especialistas chamam de geração “nem-nem”
Quase dez milhões de jovens brasileiros, com idade entre 15 e 29 anos, não estudam nem trabalham. É quase a população de Portugal ou três vezes o número de habitantes do Uruguai. A constatação foi feita pela pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .
De acordo com os cálculos do IBGE, existem 49 milhões de brasileiros com idade entre 15 a 29 anos. Assim, um de cada cinco jovens está no grupo que especialistas chamam de “nem-nem”, que não estão na escola nem empregados. O IBGE pondera que, desse contingente, 26,3% estão em busca de emprego.
Entre as cinco grandes regiões brasileiras, o Sudeste tem o maior índice de jovens que não trabalham nem estudam com 37,9%, seguido pelo Nordeste, com 35,2%. No Norte, o indicador fica em 10,6%, sendo 9,6% e 6,7% no Sul e Centro-Oeste do país, respectivamente.
Segundo o IBGE, 69% dos nem-nem eram mulheres. Dos jovens que não estudam nem trabalham, 63% são pretos ou pardos, ao passo que 48% têm ao menos um filho. O instituto destacou que os jovens que não trabalhavam nem estudavam apresentaram 8,6 anos de estudo, em média. “Os nem-nem no Brasil têm um perfil: a maioria é mulher, mãe, do Norte e Nordeste, com nível de escolaridade mais baixo”, afirmou Cintia Simões, pesquisadora do IBGE.
MARANHÃO
De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada ontem quinta-feira 18/12, com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, População 2013), mostra que no Maranhão 420 mil jovens entre 15 a 29 anos, não trabalham nem estudam. Mais de 47 mil jovens maranhenses entre 15 e 17 anos não trabalham e nem estudam. Em um Estado ainda sem muito sem educação de qualidade, o acesso ao mercado de trabalho fica difícil.
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