23
mar
2015

Raposa: a evolução e o retrocesso

rarara

Netto Barros é Advogado, formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, especialista em Direito Administrativo pela Universidade Anhanguera, mestrando em Administração Pública pelo Instituto Politécnico da Guarda Portugal.

A cidade de Raposa foi um dos primeiros municípios do Maranhão a evoluir para o quesito voto biométrico, enterrando de vez a ida dos mortos, dos desaparecidos, e dos representados, às urnas. Essa evolução trouxe consigo diversas vantagens, acabando de vez com os eleitores “fantasmas” que vinham pela MA-203, ou de barco até o Porto do Braga.

A expectativa foi cumprida, esse sistema proporcionou mais segurança para as eleições e nos trouxe mais garantias de uma votação honesta, já que nenhum indivíduo pode ter impressão digital igual à do outro. Isso nos mostra que os avanços tecnológicos permitem mudanças positivas para diversas áreas de atuação, inclusive quando se trata de garantir o pleno exercício da cidadania. Mais estamos falando aqui da urna eletrônica. Antes e depois do dia da eleição, a Raposa mostrou um apego às velhas políticas que precisam ser enterradas.

Quando falo de velhas políticas estou me remetendo a política do pão e circo, as “doações” à beira da eleição, a compra de voto, a troca favores, etc.  A população da Raposa já não aguenta mais esse modelo de governo, ultrapassado, que só onera os cofres públicos, beneficiando poucos. A Educação do Município, um dos pilares da evolução de um determinado lugar, encontra-se de forma penosa, professores e servidores insatisfeitos, escolas sucateadas, merenda escolar estocada com óleo diesel, são alguns dos resultados dessa gestão desastrosa.

Nem vou adentrar nos outros departamentos, para não alongar a descrição vergonhosa do caos que se encontra a Raposa. Isso sim é retrocesso, e o pior, andando lado a lado com a evolução. Como pode um município dar aula de evolução na maneira de votar e combater a fraude e, em contrapartida, ensinar como não se deve fazer gestão? Ainda bem que existe Deus no céu e os Tribunais na terra.

Enquanto o Brasil discute sobre reforma política, sobre aumentar o tempo de mandato e acabar com a reeleição, na Raposa o mandato de prefeito foi e é de apenas 2 anos, isso é evolução ou retrocesso? Novos tempos chegaram na Raposa, tempo de renovação, caras novas, novo gás, e um mandato curto. Vamos ver. A questão obviamente não está neste ou naquele Prefeito. O que interessa é a forma como se vai governar e isto depende de quem está a frente da gestão. De uma coisa sabemos: a esperança voltou!

2 Comentários

  1. cristovinho disse:

    Os Raposences e As Raposences independente acham que obviamente a questão está sim nesse ou naquele Prefeito que já governaram a Raposa,pois se eles tivessem feito um governo para comunidade e não para grupos isolados o município de Raposa não estaria nesse caos.

  2. Eu Também Quero disse:

    Bota esse comentarista graduado na prefeitura que vai ver que a desgraça não vai mudar em nada.

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